segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O PROFESSOR COMO MEDIADOR NA EAD

Nesse processo de aprendizagem, assim como no ensino regular o orientador ou o tutor da aprendizagem atua como "mediador", isto é, aquele que estabelece uma rede de comunicação e aprendizagem multidirecional, através de diferentes meios e recursos da tecnologia da comunicação, não podendo assim se desvincular do sistema educacional e deixar de cumprir funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de aprendizagem. Essa mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância física entre educador e o educando, que deverá ser autodisciplinado e automotivado para que possa superar os desafios e as dificuldades que surgirem durante o processo de ensino-aprendizagem.                                                                                                               Hoje se tem uma educação diferenciada como: presencial, semi-presencial e educação a distância. A presencial são os cursos regulares onde professores e alunos se encontram sempre numa instituição de ensino. A semi-presencial, acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, utilizando tecnologia da informação.                                       As pessoas se deparam a cada dia com novos recursos trazidos por esta tecnologia que evolui rapidamente, atingindo os ramos das instituições de ensino. Falar de educação hoje, tem uma abrangência muito maior, e fica impossível não falar na educação sem nos remetermos à educação a distância, com todos os avanços tecnológicos proporcionando maior interatividade entre as pessoas. Utilizando os meios tecnológicos a EAD veio para derrubar tabus e começar uma nova era em termos de educação. Esse tipo de aprendizagem não é mais uma alternativa para quem não faz uso da educação formal, mas se tornou uma modalidade de ensino de qualidade que possibilita a aprendizagem de um número maior de pessoas.                                                       Antes o EAD não tinha credibilidade, era um assunto polêmico e trazia muitas divergências, mas hoje esse tipo de ensino vem conquistando o seu espaço. Porém, não é a modalidade de ensino que determina o aprendizado, seja ela presencial ou a distância, aprendizagem se tornou hoje sinônimo de esforço e dedicação de cada um.

 

 

 

 

PERSPECTIVAS ATUAIS

Atualmente, a educação a distância possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos. Cabe às instituições que promovem o ensino a distância buscar desenvolver seus programas de acordo com os quatro pilares da educação, definidos pela Unesco.                                                Aprender a conviver diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de aceitar a diversidade, conviver com as diferenças, estabelecer relações cordiais com a diversidade cultural respeitando-a e contribuindo para a harmonia mundial.
METODOLOGIAS UTILIZADAS
No ensino a distância não deve haver diferença entre a metodologia utilizada no ensino presencial. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais adequadas ao ensino a distância. O que muda, basicamente, não é a metodologia de ensino, mas a forma de comunicação. Isso implica afirmar que o simples uso de tecnologias avançadas não garante um ensino de qualidade, segundo as mais modernas concepções de ensino. As estratégias de ensino devem incorporar as novas formas de comunicação e, também, incorporar o potencial de informação da Internet.                                                                                                                                 A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim que a banda larga começou a se firmar, e a Internet passou a ser potencialmente um veículo para a comunicação a distância.  A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia  fonte

A HISTÓRIA DA EAD NO MUNDO -

1.      A HISTÓRIA DA EAD NO MUNDO, UM PANORAMA GERAL
Nas últimas décadas, o aperfeiçoamento da nova geração de sistemas de EaD estão pautados não somente em critérios quantitativos, mas qualitativos e se desenvolveram simultaneamente em vários lugares, destacando-se a Inglaterra que, na década de 70 passou a ser referência mundial nesta modalidade com a Open University. Êxito similar alcançaram também os países Espanha e Venezuela com suas Universidades Abertas.
A EaD vem democratizando o ensino, proporcionando formação de qualidade e de acordo com a disponibilidade de cada aluno. Estes fatos têm feito crescer a procura por esta modalidade de ensino em detrimento a presencial.
Dado o público alvo que atinge esta modalidade, a metodologia de ensino deve ser bem específica, lançando mão das TIC’s para maximizar as vantagens deste tipo de estudo, tendo o máximo de cuidado na elaboração de materiais e, ainda, provendo os centros de apoio, onde será estabelecida a relação entre os alunos e seus tutores.
No futuro presenciaremos, o que já ocorre em alguns lugares que é a convergência entre o ensino presencial e o a distância. Vejamos como este processo já vem acontecendo pelo mundo.
1728 – Em 20 de março Caleb Philips publicou anúncio de aulas por correspondência na Gazzete de Boston – EUA. Esta foi a primeira notícia que se tem desta nova metodologia de ensino.
1840 – Isaac Pitman oferecia aulas de taquigrafia por correspondência na Grã Bretanha.
1880 – O Skerry’s College oferece cursos preparatórios para concursos públicos.
1884 – Foulkes Lynch Correspondence Tuition Service ministrou cursos de Contabilidade.
1891 – Nos EUA foi ofertado o curso de seguranças de minas por Thomas J. Foster.
1910 – A Universidade de Queensland, na Austrália, inicia programas de ensino por correspondência.
1924 – Fritz Reinhardt cria a Escola Alemã por correspondência de Negócios (Bytwer e Diehl, 1989).
1928 - A BBC começa a promover cursos para a educação de adultos usando o rádio.
Desde o início do século XX que as metodologias para esta modalidade de ensino vêm se aperfeiçoando, sublinha-se o período da Segunda Guerra Mundial quando as experiências de Fred Keller (1983) para o ensino da recepção do código Morse foi essencial desde a capacitação dos recrutas para a guerra até para integração social e atividades laborais para a população que migrou para a Europa no pós-guerra.
Mas o impulso relevante para EaD iniciado na Europa (França e Inglaterra) se expandindo aos demais continentes, a partir da década de 60, com a institucionalização de várias ações no campo da educação secundária e superior, conforme exemplos a seguir.
Ensino Secundário:
Hermods-NKI Skolen, na Suécia;
Rádio ECCA, nas Ilhas Canárias;
Air Correspondence High School, na Coréia do Sul;
School of the Air, na Austrália;
Telesencundária no México; e
National Extension College no Reino Unido.
Ensino Universitário:
Open University, no Reino Unido;
FernUniversitat, na Alemanha;
Indira Gandhi National Open University, na Índia; e
Universidade Estatal a Distância, na Costa Rica;
Universidade Nacional Aberta, na Venezuela;
Universidade Nacional de Educação a Distância, na Espanha;
O Sistema de Educação a Distância, da Colômbia;
A Universidade de Athabasca, no Canadá;
A Universidade para Todos os Homens e as 28 universidades locais por televisão na China Popular;
Amplamente utilizada, em todos os níveis, na educação formal e não formal, a Educação a Distância já está presente nos cinco Continentes, em mais de 80 países, beneficiando milhões de estudantes, proporcionando ainda, aperfeiçoamento à professores em países como o México, Moçambique, Tanzânia, Angola e Nigéria. Além disto, várias Empresas investem nesta modalidade para treinamento de Recursos Humanos, como por exemplo, a Europa que já consegue com estes treinamentos, inclusive, maior produtividade redução de custos na ponta.
2.      A EAD EM CUBA
O início da EaD em Cuba foi em 1979, com a Faculdade de Ensino Dirigido da Universidade de Havana. Contando com o apoio de mais 15 instituições em todo o país, seu programa curricular é o mesmo oferecido no presencial.
3.      A EaD nos Estados Unidos
Dentre mais de uma centena de importantes universidades e instituições de nível superior e médio e programas de capacitação profissional, podem-se destacar:
Pensilvânia State University – oferece cursos por correspondência desde 1892, chegando a marca de 18.137 estudantes inscritos em seus cursos a distância no ano de 1995.
Stanford University – com cursos por correspondência desde 1969.
University of Utah – atuante nesta modalidade desde 1916; e
Ohio University – desde 1924.
Além das faculdades e universidades, também há consórcios de escolas e universidades que ministram cursos à distância.
4.      A EAD NO CANADÁ
Mesmo antes dos avanços tecnológicos facilitadores da EaD de hoje, como a internet, em 1973 a Athabasca University foi criada com ideia de um campus organizado com uma rede de telecomunicações. Tendo como base um eficiente sistema de tutoria e de interação através do telefone, constituindo em 1976 um modelo próprio, evoluindo-se e desenvolvendo-se a partir de então, tendo como paradigma a sociedade da informação.
5.      A EAD NA AUSTRÁLIA
Na Austrália, há dezenas de programas de EaD, que vão do Ensino Fundamental ao Universitário, sendo todos de excelente qualidade e tratados com igualdade no que se refere ao credenciamento e suporte orçamentário do ensino presencial.
Dentre este programa destacam-se algumas Instituições, das quais seguem alguns exemplos:
Universidade de Qeensland, St. Lúcia – Centre for University Extention, 1910;
University of Western, 1911;
School of the Air, 1956;
Open Learning Institute (Charles Sturt University), 1971;
Victorian Tafe off-Campus Network, 1975;
Curtin University of Technology (Perth) 1972.
6.      A EAD EM BANGLADESH
Em 1985 a EaD foi implementada como pós-graduação em educação como parte de um programa do governo de capacitação de professores, pelo National Institute of Educational Media and Technology (NIEMT) que no início da década de 90 passou a ser mantido pelo Instituto de Educação a Distância de Bangladesh com 3 mil alunos.
7.      A EAD NA CHINA
A República Popular da China mantém projetos de educação a distância desde a década de 1950. Um ano depois foi instituído o Departamento de Educação por correspondência da universidade do Povo. Entre 1955 e 60 foram organizados cursos por rádio (Beijing e Tiajing), seguida pelas primeiras televisões universitárias (Beijing, Tiajing, Xangai, Sheiang, Harbing) que foi um importante meio de EaD até a Revolução Cultural, ficando desativada até a década de 80.
Na atualidade funciona o Sistema Chinês de Universidade pela Televisão (Dianda) que possui um grande número de alunos já formados e um grande número de inscritos. Estudos mostram que em torno de 77% da população que se graduou nesta modalidade conseguiram seu espaço no mercado de trabalho, mais especificamente em sua área de atuação.
Seguem algumas Instituições que se destacam nesta modalidade na China:
School of Professional and Continuing Education – funciona em Hong Kong desde 1956;
Departament of Extra-Mural Studies – instituído em 1965 com cursos técnicos, de extensão, de graduação e de pós-graduação;
School of Continuing Education – desde 1975 oferece graduação, pós-graduação e cursos técnicos em Hong Kong.
East Ásia Open Institute – desde 1982 em Macau com filial em Hong Kong.
Open Learning Institute of Hong Kong foi criado em 1989 com cursos na área de administração, computação, eletrônica, engenharia mecânica e meio ambiente;
8.      A EAD NA ÍNDIA
Com grande êxito em seu projeto piloto de Educação a Distância Universitário iniciado em Delhi em 1962, tendo como fase experimental até 1970 envolvendo ainda as universidades de Punjabi, Patiala, Meerut e Mysone, o projeto logo entrou numa segunda fase de rápida expansão que até a década de 80 abrangeu várias outras universidades particulares e ainda cursos de pós-graduação. Com a consolidação da EaD, com níveis de qualidade satisfatórios, em 1982 foi instituída a primeira universidade a distância da Índia, a Andhra Pradesh Open University.
Nos anos seguintes mais instituições com a mesma metodologia de ensino foram criadas e, em 1990 já era superior a 35 p número de universidades ofertando a Educação a Distância.
9.      A EAD NA INDONÉSIA
Com sua alta densidade demográfica, a Indonésia iniciou começou em 1950 a oferecer a educação a distância, visando o aperfeiçoamento de professores, através do National Teachers Distance Education Upgranding Course Development Centre. Em 1979 o Centre for Educational Communication Tecnology foi criada pelo ministério da Cultura e da Educação, abrangendo o ensino secundário. Cinco anos mais tarde, estes mesmos ministérios intermediaram junto ao governo nacional que instituiu a Universitas Terbuka (The Open University of Indonésia) atuando nas áreas de educação, economia, administração, matemática, estatística, administração pública, entre outros.
10.  A EAD NO JAPÃO
Apesar de haverem relatos de cursos por correspondência desde o fim do século XIX, foi em 1930 que houve uma grande propagação de cursos informais sendo disponibilizados pelo correio. Em 1938 foi criada a Escola Kawasaki para profissionais de saúde.
As leis a cerca da educação fundamental e educação escolar em 1947 foram um incentivo para educação a distância e, a partir deste ano várias instituições foram criadas com este método ou adotaram este método à sua grade convencional, como: em 1948 com a Universidade do Chuo, no mesmo ano a Universidade Hosei e a Universidade de Tóquio, em 1950 a Universidade Feminina do Japão, 1983 a Universidade do Ar que tinha seus cursos veiculados, principalmente, pelo rádio e TV preparados pelo Instituto Nacional de Educação por Multimeios (Nimes).
11.  A EAD NA NOVA ZELÂNDIA
Na Nova Zelândia, a EaD surgiu em 1922 com a The New Zealand Correspondece School para suprir uma lacuna existente na educação fundamental e básica, visando abranger, por correspondência, crianças com dificuldade física, geográfica ou que não residiam permanentemente no país. O material era enviado pelo correio e as crianças possuíam a possibilidade da tutoria presencial.
Em 1946 a EaD expandiu-se para o ensino médio, profissionalizante e educação continuada com a The Open Polytechnic of New Zeland.
A nova Zelândia conta ainda com ensino superior a distância em instituições como: Palmerston North College of Education, Massey University, University of Otago.
12.  A EAD NA RÚSSIA
Enquanto centro da antiga União Soviética, a Rússia, deu início a EaD 1930 e abriu grandes oportunidades para sua população, e até mesmo para seus líderes políticos que se graduaram pela primeira ou segunda vez através do ensino a distância.
Em 1996 a relevância do ensino a distância tem para reconstrução da Rússia e de sua sociedade foi destacada em 1996 na II Conferência Internacional de Educação a Distância da Rússia.
13.  A EAD EM PORTUGAL
A Universidade Aberta de Portugal que foi criada em 1988, mas só se tornou autônoma em 1994, possui centros de apoio espalhados pelo país, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação nas áreas: História, Língua Portuguesa, Gestão, matemática aplicada, estudos europeus, ciências sociais, literatura, informática e, ainda, cursos não formais visando a qualificação para o trabalho. A Universidade, na área de especialização, oferta também uma grande variedade de cursos de Mestrado.
14.  A EAD NA ESPANHA
A Uned – Universidade a distância, foi criada em 1972 por um ato do Parlamento, possui 15 centros de estudos que com a possibilidade de estudar em paralelo ao trabalho, 83% de seu corpo discente é trabalhador. Entretanto possuem os mesmos direitos e deveres dos estudantes da modalidade presencial.
Em seu método de ensino está presente o material impresso, a radiodifusão, a televisão, a videoconferência e outros meios audiovisuais.
15.  A EAD NA VENEZUELA
Em 1976, um grupo de pesquisadores sob o comando do professor Miguel Casas Armengol, com uma idéia de criar uma universidade inovadora, flexível, centralizadora de desenvolvimento propôs ao governo a criação da Universidade Nacional Aberta da Venezuela com o intuito utilizá-la no processo de desenvolvimento do país, seus cursos eram voltados às necessidades da sociedade naquele momento e, também de facilitar a entrada no mercado de trabalho de seus egressos.
16.  A EAD EM  COSTA RICA
A Costa Rica teve seu início ma EaD em meados de 1980 com o Programa Diversificado a Distância do Seminário Bíblico Latino-americano que com apoio de entidades não-governamentais tinha seu foco em educação pastoral que, mais tarde, em 1988 gerou o cursos de Educação Pastoral com materiais impressos e técnicas de atividade grupal.
Em 1978 foi criada a Universidade Estatal a Distância (Uned) de Costa Rica que está presente em 29 centros espalhados pelo país. Seus cursos se utilizam de materiais impressos, vídeoas, fitas cassete e fazem também o uso de programas radiofônicos para difundir cursos, principalmente para a comunidade agrícola e para a educação de adultos com programas de saúde e cidadania.
17.  A EAD NA INGLATERRA
A Open University do Reino Unido, referência em EaD foi criada em 1969 e passou a oferecer cursos em 1971. Sua metodologia utiliza os mais variados recursos como: impressos, vídeos, kits, fitas de áudio, softwares, jogos e internet o que contribuiu para sua marca de 200 mil alunos na atualidade.
Os cursos de extensão e de conhecimentos gerais são oferecidos por diversos meios e em vários idiomas.
A Open University foi projetada em um momento em que se acreditava que a TV seria a grande responsável pelas mudanças educacionais. Por este motivo, a priori , ela iniciou suas atividades por esta vertente e foi chamada de Universidade do Ar, como no Japão, tendo a BBC (British Broadcast Corporation) como base, mas que logo depois se tornou sua aliada. Posteriormente seu método passou a ser através de material impresso usando a TV para animação e difusão de cursos em geral.
Na atualidade, além dos cursos de graduação e pós-graduação a Open University oferece cursos de capacitação profissional e, se aliando a International Extension College, que prioriza uma metodologia de fácil acesso e a baixo custo, oferece cursos de especialização voltado para países em desenvolvimento, e ainda o mestrado.